terça-feira, 2 de outubro de 2007

Estamos de volta e desta feita para vos falar sobre vários temas.

Quando falamos de interactividade, pensamos de imediato nas novas tecnologias. No entanto, esta data da existência de dois seres humanos que, simplesmente, comunicavam. Basta uma resposta a uma pergunta para que haja interactividade. A interactividade é um chavão da comunicação, pois sem uma, não existe a outra.
É importante referir também que as “novas tecnologias” não remontam ao século XX, já que outrora, o jornal, o teatro, a ópera ou a televisão foram encarados como experiências inovadoras no seio da multimédia.
Podemos falar, sim, de um crescendo de interactividade com a nova era digital, uma vez que os meios são mais interactivos, facto que se prende com o aumento de exigências de quem produz e de quem consome informação.
A interactividade pode também ser entendida como o diálogo estabelecido entre o ser humano e os media, já que o suporte digital se assume como uma ligação ao mundo. A interactividade é um processo complexo e multifacetado sendo, acima de tudo, crucial para a criação de projectos multimédia. Assim, o aumento de interactividade melhora a experiência multimédia, permitindo ao utilizador manipular e influenciar a forma como visualiza e interpreta a informação contida num sistema.

A comunicação digital surge como resultado de uma necessidade que o Homem tem de alargar e expandir horizontes, já que a humanidade está em constante mutação e evolução.
A Comunicação Digital já não vem do futuro, é o nosso presente!
Ao contrário da comunicação verbal, que é uma capacidade que nasce e se desenvolve “automaticamente” no Homem, que se caracteriza principalmente por ser inata, a Comunicação Digital pressupõe conhecimentos previamente adquiridos e suportes físicos para que esta possa ser estabelecida. Estes suportes requerem algum “esforço financeiro”, na medida em que para a sua aquisição, temos que despender sempre algum dinheiro, sobretudo quando as inovações tecnológicas entram no mercado.
Assim, à comunicação digital alia-se a grande dificuldade de uma incessante adaptação à realidade social em que nos encontramos.

À interactividade associa-se a capacidade de resposta em tempo real, uma espontaneidade das partes intervenientes. No entanto, para que haja interactividade nas respostas, estas não têm que ser em tempo real, uma vez que a interacção destas não depende única e exclusivamente do tempo.
Exemplificando, vamos imaginar os casos dos jornais ou das revistas: no conhecido canto do leitor, onde estes tinham o seu espaço para opinar e fazer sugestões ou até mesmo questionar os jornalistas, só passada uma edição da revista ou do jornal em questão é que havia a resposta por parte do jornal. Essa resposta não era em tempo real, acontecia apenas passada uma edição e, no entanto, era a forma que a imprensa escrita encontrava para interagir com o seu público.

Discordando com a ideia de que a interactividade apenas se restringe ao indivíduo, cremos que esta é uma qualidade destes, sem dúvida, mas também do próprio meio, uma vez que a comunicação é feita a partir deste. Podemos dizer também que o meio permite a existência dessa mesma interactividade, ganhando assim o “estatuto” de interactivo.

A comunicação digital apresenta uma desvantagem considerável no que ao controlo diz respeito.
Como é uma comunicação que não se limita ao ser humano, uma vez que necessita de suportes, há uma maior dificuldade de controlo, já que os suportes físicos podem não estar nas melhores condições para que a comunicação seja processada e prejudicar ou mesmo anular a comunicação pretendida
A falta de órgãos e instituições que regulem e fiscalizem a comunicação digital promove e espelha as fragilidades que esta apresenta, provocando a disseminação de conteúdos falsos, que põem em risco todo o objectivo da acção.

Uma das principais vantagens da comunicação digital é a facilidade, diversidade e rapidez de acesso. Ao contrário de outros meios comunicativos, esta pode ser feita de várias formas, como e onde quisermos e sem grandes limites, para além de nos permitir A grande interactividade que apresenta é, também, uma enorme qualidade, tornando a comunicação digital bem mais “animada” e dinâmica que outras formas de comunicar.
Tal como já falamos, a falta e a dificuldade de controlo da comunicação digital assume-se como uma das grandes desvantagens, uma vez que a falsidade de alguns conteúdos ou o mau funcionamento do suporte põe em causa a sua qualidade. A possibilidade da comunicação digital proporcionar um decréscimo no contacto social entre aqueles que a mais utilizam, é um dos grandes problemas, tendo sido alvo já de várias análises.

A impessoalidade que a comunicação digital apresenta e o facto de, por vezes, não se conhecer o “outro” com quem se comunica é realmente preocupante. Também o constante “bombardeamento” de informação a que estamos sujeitos pode ser considerado uma ameaça, já que, muita desta informação é proveniente de emissores sem qualquer credibilidade.
Na medida em que pode dirimir e quase extinguir o relacionamento social, a comunicação digital pode ser bastante perigosa para um desenvolvimento correcto e são dos seus utilizadores, sobretudo dos mais jovens, que ainda não possuem esquemas pessoais bem estruturados.


Como quem vem, vai... chegou a nossa hora! Até à Vista

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