quinta-feira, 15 de novembro de 2007


O Penryn

A Intel, a famosíssima marca de processadores, acaba de lançar a sua última criação: o Penryn. A nova gama de processadores destina-se a PC’s e servidores. Esta nova família distingue-se por ser menos poluente, por consumir menos energia e por permitir uma maior e mais rápida eficiência. Esta tecnologia permite o surgimento de novos modelos de computadores e uma maior capacidade de transmissão de vídeo de alta definição via internet.
A Intel conseguiu diminuir cada microprocessador a 45 nanómetros – o que equivale a uma milionésima parte de um milímetro. Não só foram feitas alterações no tamanho, como no próprio material utilizado, que contêm melhores características energéticas e de rendimentos. Estes dispositivos são os primeiros a utilizarem Hafnium na sua constituição, que vem substituir o tradicional chumbo. É um material tão valioso, que o segredo da sua constituição está “fechado a 7 chaves”. A marca espera ainda cortar no halogéneo em 2008, o que faria destes processadores ainda mais amigos do ambiente.
O consumo energético não deverá passar os 120 watts, estando já previsto o lançamento do notebook, cujo consumo se situa nos 25 watts, o que significa um grande aumento na autonomia dos dispositivos. O melhoramento da transmissão da imagem via internet ocorre devido à existência de mais transístores do que os que têm os processadores actuais. Este melhoramento será visível em sites como o Youtube, onde as frequentes paragens vão deixar de acontecer. A capacidade de compressão de vídeo permitirá aos servidores de distribuição de vídeos on-line que usem o Penryn, competir com a qualidade das imagens da televisão.
As velocidades variam entre 2 e 3,4 GHz. Este último possui uma memória cache de 12MB.
Gordon Moore, fundador da Intel, afirmou que este desenvolvimento foi a maior evolução de sempre na área do processamento.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Caros futuristas,

Estamos de volta e desta feita para vos falar do texto “What the Web Is For” (Para que serve a Web), de David Weinberger.

Neste texto, o autor afirma que a cada hiperligação corresponde o interesse de alguém, na medida em que a Web se afirma como um local, um novo espaço para, de certa forma, “estarmos juntos” e partilharmos interesses comuns. Com ela surgiram novas maneiras de estarmos juntos que podem ser aproveitadas da melhor ou pior maneira.
Através da leitura do seu texto, compreendemos que a sua abordagem é interactivista – postura resultante do padrão de interacção do determinismo lógico e do construtivismo –, sendo que a tecnologia é causa e consequência da sociedade e que o importante é massificar, democratizar para que todos tenham uma palavra a dizer. Manuel Castells é outro dos autores que iremos referir ao longo do texto, que partilha também da mesma corrente ideológica.

Outrora, sendo a comunicação bastante rudimentar em relação à nova era, as pessoas apenas conheciam a sua família, os seus vizinhos, os que lhes eram mais próximos. O principal problema era o espaço que afastava toda uma espécie humana. Todavia, apesar da distância, as pessoas eram mais chegadas, conheciam-se melhor. O mundo real resumia-se à simplicidade, ao contacto com o “vizinho”, dificultando as ligações com o outro e limitando as pessoas às que estavam à sua volta.

Nos dias que correm, já é possível estarmos em casa, mas ligados ao resto do mundo, através das novas tecnologias. Elas são as responsáveis pela facilidade e eficácia da comunicação em rede, instantânea e com várias pessoas ao mesmo tempo, conhecidas ou até mesmo desconhecidas. A opção é nossa! A Internet permite-nos estar conectados a pessoas que habitualmente não conseguíamos, dando-nos a possibilidade de estabelecer ligações de diferentes formas. Através dela, todos partilhamos interesses, conhecimento, o que revela o seu elevado potencial de abrangência de conteúdos. A comunicação estabelece-se de um para muitos e o certo é que já não há limites para a expansão da comunicação. A separação dos países, dos continentes já não é uma barreira. Deu-se uma quebra dos limites temporários e geográficos. O conhecimento “profundo” das pessoas deu lugar ao nivelamento de distâncias económicas, políticas, entre outras e à distância do estereótipo, do preconceito, da imagem social, uma vez que as pessoas podem esconder a sua figura, dando a conhecer outra, fingindo ser quem não são ou simplesmente omitir as suas características. Contudo, daí advêm algumas desvantagens ou até mesmo questões de insegurança, nomeadamente o facto de não conhecermos a pessoa com quem estamos a comunicar do outro lado “do ecrã” e de, em possíveis encontros estarmos em perigo, já que não conhecemos realmente o outro. A nossa segurança pode estar assim comprometida.

McLuhan é um determinista lógico optimista, julgando que é a tecnologia que determina a sociedade, tendo obrigatoriamente esta que fazer parte da solução. Olha assim para ela como uma fonte de desenvolvimento.
Por sua vez, Dominique Wolton insere-se no construtivismo, defendendo que é a sociedade que determina a tecnologia e que esta é potenciadora de desigualdades sociais e, consequentemente, geradora da info-exclusão. Crê que as novas tecnologias têm o poder de aproximar as pessoas, é um facto, mas considera que essa aproximação é nociva, uma vez que quando os seres humanos se aproximam, percebem as suas diferenças e deixam de gostar do “outro”, sendo a rede um constrangimento à liberdade, como podemos constatar neste excerto:
“É imperioso que se desconfie do “estar em rede” (…) Basta observar a escravidão que já constitui o telefone móvel para compreender a alienação do estar em rede. Por que razão aceita o homem, enfim livre, deixar-se acorrentar pelos mil fios invisíveis da comunicação?”
Deste modo, considera que é necessário manter a distância entre as pessoas, visto que a rede é um constrangimento à liberdade humana e não contribui para o desenvolvimento e democracia.

Como afirma Weinberger, somos humanos porque estamos ligados ao outro e somos ainda mais humanos quando cuidamos e nos preocupamos com o outro e com o nosso mundo. A preocupação é conjunta.

Desta forma, denota-se a existência de dois mundos: o real e o virtual. O primeiro em que as pessoas são postas de parte pela distância, pela imensidão do mundo e pela variedade de culturas existentes e o segundo em que as pessoas vivem conectadas, juntas e têm os mesmos interesses e preocupações.

Em suma, a Internet é um espaço diferente que se pode resumir à partilha de interesses que une as pessoas. Consoante a abordagem dos interactivistas David Weinberger e Manuel Castells, estamos perante uma revolução baseada na transformação da sociedade e da tecnologia. Nos últimos 50 anos, a Internet foi o meio que mais provocou alterações, sendo este um fenómeno que temos que ter em conta! Importa ter também presente que a rede virtual não é apresentada como uma substituição da rede física, mas sim como mais uma alternativa como resposta às necessidades do ser humano. As vantagens e desvantagens estão relacionadas com o tipo de utilização que o Homem faz delas.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

"Jesus Cristo Superstar" em Portugal!

O
musical “Jesus Cristo Superstar” está quase a estrear no Teatro Politeama, em Lisboa. É uma mega produção de Filipe La Féria que, em menos de quatro meses, atraiu 100 mil espectadores ao Teatro Rivoli, no Porto. A lotação do Rivoli estava diariamente esgotada, o que maravilhou obviamente o produtor. Foi a primeira vez na história do Rivoli que um espectáculo esgotou consecutivamente as sessões ao longo de vários meses. A verdade é que o teatro teve de ser radicalmente modificado para estar à altura do Superstar, sendo que o investimento de produção esteve na ordem de um milhão de euros, daí que nada pudesse falhar. O certo é que o musical parece ter encantado os portugueses e não só, sendo que La Féria afirmou já ter recebido convites para levar o musical até ao estrangeiro e disse também que este foi um êxito e excedeu todas as suas expectativas.

A estreia deste musical de êxito absoluto está prevista para a segunda quinzena de Novembro e os bilhetes já estão à venda desde o dia 5 de Novembro. Os lisboetas não o podem perder, já que o musical foi considerado pelos meios de comunicação como “o melhor espectáculo de La Féria”. O elenco é formado por Gonçalo Salgueiro, David Ventura, Pedro Bargado – a grande revelação –, Laura Rodrigues e Sara Lima, entre outros. Todavia, parte do elenco foi remodelada.

Foram Andrew Lloyd Weber e Tim Rice quem criaram o musical rock Jesus Cristo Superstar, em 1970 e ainda hoje este musical faz sucesso, provando o seu carácter intemporal. Impôs-se pela sua qualidade artística e a encenação de La Féria é “uma das mais belas produções apresentadas desde sempre”, de acordo com a opinião dos agentes dos criadores deste musical. Com esta versão contemporânea, cheia de força, originalidade e beleza, La Féria tem encantado o público e a sua encenação é comparada aos melhores espectáculos da Broadway.


Uma honrosa salva de palmas para o nosso Filipe La Féria!

Para mais informações: http://www.jesuscristosuperstar.pt/elenco.htm

segunda-feira, 12 de novembro de 2007


Dia Nacional do Não Fumador comemorado de maneira especial

O dia nacional do não fumador está quase a chegar – é dia 17 de Novembro. A Federação Portuguesa do Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB) está a organizar um passeio de duas rodas para comemorar este dia. O passeio conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e realizar-se-á no dia 18 de Novembro. Esta iniciativa tem como objectivo alertar os participantes e a população em geral para os riscos associados ao tabagismo. A sua concentração terá lugar às 9 horas no Terreiro do Paço e a partida está prevista para as 9h30. O percurso total terá cerca de 38Km, embora os participantes possam optar por pedalar apenas durante alguns quilómetros. As inscrições são gratuitas – incentivando todos a participar –, mas também obrigatórias e estarão abertas até ao dia 16.

Parece-nos importante promover este tipo de iniciativas, uma vez que, apesar da competência para deixar de fumar ser individual, as acções de sensibilização dão a conhecer os malefícios e alertam as pessoas para determinado assunto.
O vício do tabaco pode e deve ser evitado. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), ele é a principal causa mundial de morte –, provocando cerca de 2 milhões e meio de mortos, anualmente. As pessoas devem concentrar os seus esforços, de forma a substitui-lo por hábitos mais saudáveis, nomeadamente, o exercício físico, o desporto – fundamental nas nossas vidas. Aqui, este desempenharia a função terapêutica e ocupacional.

Estimadamente, 1,2 bilião de pessoas fuma, em todo o mundo. Consequentemente, a qualidade do ar tem repercussões gravíssimas na saúde de todos nós, fumadores e não fumadores. O tabaco provoca cancro, nomeadamente o do pulmão, bronquite, doenças cardiovasculares, AVC’s – acidentes vasculares cerebrais –, úlceras, entre outras moléstias. No caso das mulheres grávidas, o tabaco prejudica também o desenvolvimento do feto e aumenta o risco de malformações do bebé, podendo levar ao parto prematuro e à síndrome da morte súbita. Todavia, os fumadores não se prejudicam apenas a eles próprios, obrigando os outros a serem fumadores passivos, isto é, a respirarem o fumo contra a sua vontade.

A sociedade deve e tem que lutar contra esta autêntica epidemia dos tempos modernos: o tabagismo! As acções de sensibilização são uma forma de o fazer e prova disso é que a FPCUB, através das suas iniciativas, aliciou inúmeros sócios que antes eram fumadores.

Para mais informações: http://www.fpcub.pt/portal/index.php

domingo, 11 de novembro de 2007


Tecnologia e aroma num aparelho só...

A Memup, marca francesa que incide particularmente no sector de armazenamento e multimédia, acaba de lançar uma gama de Pens USB com características fora do comum. A Pen USB 2.O Sweet distingue-se pelo facto de libertar agradáveis aromas, tais como morango, mentol, laranja ou limão, de acordo com a cor de cada uma.
Para além desta novidade, esta Pen recomenda-se a quem tem um dia-a-dia acelerado, stressante e inquietante ou simplesmente aos mais descuidados, na medida em que é resistente à água e apresenta uma textura 100% anti-choque.
Estão disponíveis no Staples Office Centre com capacidades de armazenamento que variam de 1 GB a 8 GB, com o preço de 9.99€ e 59,90 €, respectivamente.
Assim, esta inovação que junta o útil ao agradável, animará o teu local de trabalho, transportando-te para uma outra dimensão.

A tecnologia assume-se, desta forma, como uma ampliação dos sentidos humanos.

Sejam curiosos e sigam o que o olfacto vos diz!

sábado, 10 de novembro de 2007

EUROPEAN FILM FESTIVAL

Está a decorrer em Cascais e no Estoril entre os dias 9 e 17 de Novembro o European Film Festival, um evento de grande “calibre” que visa dar a conhecer o cinema europeu e premiá-lo mais como uma arte do que como um meio de entretenimento. O evento é apadrinhado por Paulo Branco, com o apoio do realizador italiano Bernardo Bertolucci e de Serge Toubiana, da Cinemateca em Paris. Catorze filmes irão ser escolhidos para competirem pela “Nau de Ouro” — o primeiro prémio, que vale trinta mil euros — e a “Nau de Prata” — o segundo prémio, de vinte mil euros — ou ainda uma menção honrosa que o júri possa atribuir a um actor ou realizador.
Durante o festival haverão projecções de trabalhos do realizador Pedro Almodóvar, uma das principais atracções, bem como um tributo a David Lynch (produtor da famosa série “Twin Peaks”), entre muitas outras obras de cineastas como Francis Ford Coppola, Steven Spielberg, Brian De Palma e vários outros realizadores europeus, numa estimativa de cerca de duzentos filmes exibidos no Casino Estoril e nas salas de cinema do centro comercial Cascais Villa.
Quanto à presença de produções nacionais, o mentor do festival, Paulo Branco comentou: “É óbvio que quero que tenha uma presença forte, só não pode haver conflito de interesses” disse, referindo que, por exemplo, o mais recente filme de José Nascimento, "Lobos" (2007), ficou fora de competição por ter sido ele o produtor."Estou muito interessado em que o cinema português esteja no festival, mas nunca haverá um filme meu em competição", sublinhou.
O júri da competição é composto pelo escritor angolano Ruy Duarte de Carvalho, o pintor espanhol Miquel Barceló, o encenador francês Stéphane Braunschweig, o escritor norte-amerciano Don DeLillo e a actriz Asia Argento.
O festival é patrocinado por António Capucho, presidente da Câmara Municipal de Cascais, Duarte Nobre Guedes, presidente do Conselho Turístico da Costa do Estoril, e Mário Assis Ferreira, presidente do Estoril Sol.

O European Film Festival assume-se então como uma boa aposta para todos os entusiastas da “sétima arte”, bem como para qualquer curioso que procure uma perspectiva mais alargada sobre o verdadeiro cinema e não o estereótipo que os “blockbusters” de Hollywood criaram.

Recomenda-se!

sexta-feira, 9 de novembro de 2007


«The Sims 2: Náufragos» já está à venda em Portugal!

Este é mais um jogo interactivo, de aventura e simulação com muitas peripécias e emoção à mistura, lançado pela Electronic Arts e que já está disponível para as plataformas Nintendo DS, Wii, Playstation 2 e Playstation Portable. Os PC's também vão ter ao seu dispor uma versão, a qual terá o nome de “The Sims 2: Histórias de Náufragos”.

O objectivo deste jogo é criar e controlar a vida de um "Sim", personagem virtual, escolhendo as suas características físicas, psicológicas e controlando os seus actos de forma a ajudá-lo a sobreviver da melhor maneira possível e a enfrentar uma série de aventuras interactivas. Será necessário desenvolver ferramentas (abrigos), divertimentos e criar roupas. Saber viver, construir uma vida a partir do nada será fulcral.
Os "Sims" encontram-se num veleiro, quando uma tempestade se inicia e os obriga a refugiarem-se numa bela ilha inabitada, no meio do nada e repleta de praias de areia branca, lagoas azuis, montanhas vulcânicas, cavernas perigosas, entre outros elementos cénicos. Este é o panorama em que terão que lutar pela sua sobrevivência para recomeçar uma nova vida ou, por outro lado, tentar regressar à civilização usando e abusando de tudo o que a natureza lhes oferece. A imaginação e criatividade são postas em causa e merecerão especial destaque no alcance do sucesso neste jogo.

Assim, os "Sims" terão que reconstruir toda a sua vida do zero, descobrindo todos os mistérios camuflados pela vida selvagem presente na ilha. Ao longo do jogo, os Sims evoluirão, aprendendo a sobreviver de uma forma mais ou menos brilhante.

Cria uma nova vida para os teus "Sims", explora a ilha até ao mais ínfimo pormenor e deixa-te levar pelo novo capítulo deste tão já famoso jogo.

Para mais informações, consulta os seguintes sites:

http://www.thesims.pt/products.view.asp?id=58

quinta-feira, 8 de novembro de 2007


Hoje vamos falar-vos do "Mourinho da medicina", do médico mais arrogante, brilhante e famoso de sempre. Como já devem ter percebido, estamos a falar do Dr.House.

O actor Hugh Laurie (que nos chega a casa como Dr.House) lançou uma obra intitulada O Traficante de Armas, da editora Caderno. Este livro conta a história de um ex-polícia que se torna mercenário e recebe uma proposta milionária para assassinar um empresário. O ex-polícia nao só recusa a proposta, como decide informar a família da vítima do perigo que esta corre. A acção desenrola-se em torno do contacto que o ex-polícia tem com a família do empresário. Metido no meio de um mundo de mentiras, corrupção e violência, vê-se obrigado a matar alguns homens com um busto budista e a sua vida é entregue a um grupo de "femmes fatales" (mulheres fatais).
Trata-se de um
thriller policial em que o humor, o sarcasmo e o suspense estão sempre presentes.


Como tudo o que é demais faz mal, desliga o computador e atreve-te!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007



Após o visionamento do filme "Final Cut- A última memória", parece-nos interessante e necessário reflectir sobre o impacto/importância das novas tecnologias.


Este filme retrata a invenção de um dispositivo que é incorporado no cérebro humano – implante Zoe –, que permite guardar as memórias e as vivências que o Homem experiencia ao longo de toda a sua vida. Com este dispositivo, é proposta uma espécie de imortalidade da vida do ser humano, já que quando este morre, todas as suas vivências e recordações permanecem entre os vivos. Os editores são os responsáveis pela construção e selecção do conjunto de memórias que vai ser guardado pela sociedade. A estes editores é dado o poder de criar e esconder imagens irreais sobre o defunto, podendo fazer destes verdadeiros heróis e/ou "santos", quando na verdade eram vilões corruptos. Existe no filme um movimento contra este implante, que defende que, através deste, a verdade é manipulada e distorcida. Há, assim, uma invasão de privacidade, dado que a vida já não é só das próprias pessoas. Não são somente os seus actos e os seus feitos que constroem a imagem que a sociedade terá delas, mas sim os editores que, de acordo com o desejo da família, escolhem e decidem a "re-memória".

As tecnologias individuais têm uma influência enorme na sociedade, já que estas definem o modo como o indivíduo se comporta e age perante o seu grupo social. Se pensarmos no próprio telemóvel, percebemos o impacto que este teve a nível social, no modo como revolucionou as relações e a forma de comunicar com o outro. Já dizia McLuhan que "as sociedades se definem pelo modo como comunicam" e, actualmente, esta comunicação é feita, maioritariamente, através destas tecnologias. As tecnologias individuais também servem para facilitar o quotidiano, quebrando barreiras e obstáculos. Devido ao progresso tecnológico, houve uma “aproximação” universal, na medida em que podemos comunicar com pessoas que estão no outro lado do mundo em tempo real, mas também um afastamento físico das pessoas. Desta forma, criam e influenciam modos de vida. Tal como pudemos observar no filme, o "implante zoe" (uma tecnologia individual), teve um impacto imenso na vida social, já que o facto das vivências e recordações das pessoas serem vistas por um editor influenciou por completo as suas acções.
Actualmente, as sociedades deixaram de ser vistas como uma unidade, há cada vez menos o sentimento de camaradagem, de proximidade com o vizinho. Há uma exaltação do individual, um certo egocentrismo. Este revela-se também na importância e na exploração das tecnologias individuais. No fundo, elas dominam o quotidiano de toda uma sociedade, definindo as atitudes dos indivíduos que regem, por conseguinte, o comportamento e o progresso de toda a comunidade.

Ao longo dos tempos, em consonância com a evolução humana, temos vindo a assistir a uma mudança de vários conceitos, entre os quais a memória e a privacidade. A evolução destes torna-os elásticos e sociais.
Actualmente, as nossas memórias não são exclusivamente nossas. A grande maioria das nossas recordações provém daquilo que os media nos mostram, criando assim um conceito completamente diferente daquele de há uns anos atrás. Entre nós e a memória há um mediador – os media –, que faz com que esta “memorização” seja indirecta. Há uma certa manipulação e construção das nossas memórias por parte dos media. Somos capazes de criar opiniões e julgamentos de assuntos com os quais nunca tivemos contacto directo; bem como conseguimos criar imagens e experienciar de alguma forma o que nunca vivemos. Anteriormente, as nossas memórias eram bastante limitadas, uma vez que se cingiam unicamente ao nosso “universo”, somente à nossa experiência pessoal e à dos que nos rodeavam. Era um conceito mais directo, de alguma forma, mais verdadeiro, embora menos vasto. O filme serve para comprovar a evolução deste conceito, já que o editor faz uma pré-selecção das memórias e experiências da vida do defunto, de acordo com o que era moralmente correcto e com o que a família e amigos queriam que fosse recordado. Assim, o editor era a única pessoa que ficava realmente a conhecer os defuntos, porque tinha acesso ilimitado às suas vidas, através do implante Zoe. Só nos resta esperar para saber se, no futuro, as nossas memórias e vivências poderão ser imortalizadas ou não através do progresso tecnológico.
Tal como o conceito de memória, também a questão ética da privacidade sofreu bastantes alterações. Outrora, a privacidade era fulcral, sendo dos valores mais respeitados e seguidos pelos homens. Sempre esteve bastante ligada ao conceito de liberdade, surgindo então o tal chavão “a liberdade de um homem começa quando a de outro acaba”. No entanto, hoje em dia a privacidade está mais ligada à segurança do que à liberdade. Há uma cedência da privacidade das pessoas, em prol da segurança geral. Exemplo disto é a enorme quantidade de câmaras de vigilância que captam todos os nossos movimentos, para que possam identificar movimentos estranhos e, que por sua vez, possam ser ameaçadores ou pôr em causa esta mesma segurança. A liberdade e singularidade do individuo nunca deve ser posta em causa.
O filme é bastante controverso e polémico, na medida em que não vê a privacidade das pessoas como um direito e está constantemente a ameaçá-la. O editor manipula as imagens que reflectem a vida de uma pessoa, de uma forma fria e profissional, como se de meras fotografias se tratassem. Há uma violação constante da privacidade e do direito ao segredo pessoal. Havendo a possibilidade de ter um implante zoe, as pessoas não vivem a sua vida de uma forma espontânea e livre, condicionando o seu comportamento, em função do que diz a razão e em detrimento da emoção. A vida do ser humano acaba, assim, por ser gerida por outrem, transformando-se numa “montagem” da realidade. Com esta tecnologia, parece que a nossa vida é um simples jogo, havendo uma enorme possibilidade do ser humano se tornar num actor, abdicando da sua pureza, inocência e veracidade.

Anteriormente, existia alguma perplexidade por parte das sociedades na adopção e aceitação imediata das novas tecnologias. A principal razão da rejeição inicial era a falta de conhecimento e de informação, o medo que existia em relação ao desconhecido. As sociedades conservadoras e tradicionais sentiam-se reticentes e ameaçadas pelos avanços tecnológicos. A sociedade tem-se vindo a adaptar e a reger pelo progresso de uma forma tão inegável que nos dias que correm, somos alvos do constante desenvolvimento tecnológico. As novas tecnologias já fazem parte do nosso dia-a-dia, influenciando o modo de vida das sociedades contemporâneas. Há uma habituação tal, que se criou uma relação de dependência face ao digital, nomeadamente face ao telemóvel.
Embora possamos adoptar e rejeitar determinadas tecnologias, é sempre a sociedade que tem a última palavra, não sendo apenas uma pessoa a formular este juízo.
Tal como já estudámos, “as tecnologias não são boas nem são más, mas também não são neutras”, ou seja, dependem do uso e das intenções de quem as utiliza. As novas tecnologias podem também ser um factor determinante na inclusão ou exclusão social, já que, cada vez mais, os aparelhos tecnológicos deixam de ser um adorno, para ser fundamentais. Há uma supremacia clara do material em relação ao moral. Para pertencer e ser bem aceite num determinado grupo social, é necessário satisfazer certos requisitos, na maioria das vezes tecnológicos. Exemplificando, se um jovem não tiver telemóvel ou se tiver um dos mais antigos e baratos, corre o sério risco de ser excluído/marginalizado socialmente. Este caso remete-nos para a possibilidade da tecnologia ser eticamente reprovável, já que promove desigualdades sociais: os ricos assumem cada vez mais importância e os pobres são cada vez mais postos de parte.
Esta questão da adopção vs rejeição e inclusão vs exclusão social é retratada ao longo do filme, nomeadamente quando o editor (Robin Williams) não acredita que os pais pudessem pagar o implante Zoe, uma vez que julgava que só os ricos teriam acesso a esta nova tecnologia devido ao seu elevado custo.

Em suma, a adopção ou rejeição de algumas tecnologias depende da sua utilidade e preço. Os conceitos de inclusão ou exclusão e de adopção ou rejeição estão interligados, porque se uma sociedade não adoptar determinada tecnologia, não as poderemos incluir no nosso quotidiano.

domingo, 4 de novembro de 2007

Festival Número-Projecta 07 – 8º Festival Internacional de Artes Multimédia, Cinema e Música de Lisboa



Vai decorrer entre 8 e 14 de Novembro, em Lisboa, o oitavo Festival Numero-Projecta. O Festival vai dividir-se entre o Cinema São Jorge, o Quarteto e o Centro Cultural O Século. Para quem não conhece, trata-se de um festival vanguardista que tem como principais referências as Artes Multimédia, o Cinema e a Música. Este festival tem objectivos ecléticos e interdisciplinares, que procuram promover o multimédia e desenvolver o intercâmbio cultural entre criadores nacionais e internacionais das áreas da música experimental, cinema, VideoJocking e vídeo-arte/vídeo-performance. Entre outros, vão estar presentes nomes como os alemães Cluster, grupo de improvisação integrado na corrente “música cósmica”, os portugueses Rafael Toral, músico e artista plástico que desenvolve a interacção entre som e imagem e Photonz. Destacam-se ainda No Domain, um dos mais influentes VJ’s da actualidade, o compositor Oriol Rossel, o realizador David Reznak e o artista visual Manuel Saiz.
Este ano, Espanha é o país convidado do festival da área de cinema, e o cineasta Tiago Pereira exibe a sua primeira mostra ontológica, Heraclitus e a reposição do screening «O Vídeo Vai ao Cinema», mostra de vídeo-arte nacional presente em Berlim. Aguarda-se com bastante expectativa por esta mostra, que é composta por dois programas de curtas-metragens contemporâneas.
A noite de 10 de Novembro está reservada para o plano nacional. Serão distinguidos os trabalhos dos portugueses em todos os suportes tecnológicos: web sites, filmes produzidos com telemóveis e realizados com técnicas inovadoras e em suporte digital, projectos com som e imagem, projectos 3d, animação, CD-ROM, DVD, jogos, animações com hologramas, vídeo jockey, filmes-concerto, vídeo-arte e plataformas interactivas.
O Festival conta ainda com conferências, vários workshops dedicados aos temas da multimédia.

Para mais informações
:
http://www.numero-projecta.com/

Aventurem-se!

sábado, 3 de novembro de 2007




No decorrer dos últimos anos, também o sector automóvel tem sido alvo das novas tecnologias.
Estas têm incidido particularmente nas seguintes vertentes:

1) Segurança
No domínio da segurança, para além dos vulgarizados “airbags”, destacam-se diversos sistemas que se têm vindo a desenvolver nos últimos anos:
-ABS- Sistema recentemente formado que impede as rodas de bloquearem aquando de uma travagem. Veio melhorar substancialmente a eficiência e a segurança da travagem.
-EBD-
Sistema que reparte a pressão da travagem pelos eixos dianteiro e traseiro, em função da carga do veículo.
-ESP-
Sistema de controlo da estabilidade do veículo. No caso deste fugir de traseira numa curva, o sistema trava ligeiramente a roda dianteira exterior à curva e no caso do veículo fugir de frente, o sistema actua no travão traseiro interior à curva. Deste modo, o sistema melhora a estabilidade do veículo.
-EDS-
Sistema que evita que o veiculo patine aquando do arranque, actuando na roda que tiver tendência a patinar.
-TCS-
Sistema de controlo da tracção que tem como objectivo evitar que as rodas patinem em aceleração.

Para além dos sistemas referidos, poderíamos mencionar muitos outros (faróis xénon, sistema de condução nocturna, suspensões variáveis, dispositivos que vão monitorar o veículo em todos os sentidos, desde o sistema de airbag, até ao sistema de alarme serão alertas que poderão notificar uma central de emergência em caso de acidente com a explosão dos airbags e enviar ajuda ao local, graças à localização precisa dada pelo sistema de GPS. O mesmo poderá ocorrer em caso de roubo do veículo, fazendo com que essa mesma central saiba onde o veículo está e possa enviar a polícia para resgatá-lo, etc.) que têm surgido e que revelam o grande dinamismo dos fabricantes automóveis. O grande desenvolvimento na electrónica faz supor que novas tecnologias surgirão brevemente na área da segurança.

2)
Poluição

De forma a reduzir os níveis de poluição, diversos fabricantes estão a estudar e a desenvolver novas tecnologias que permitam uma redução significativa das emissões de gases poluentes.
Hoje em dia já se encontram à venda diversos veículos híbridos, cujas emissões são bastante mais reduzidas que nos veículos com motores de combustão interna. Esta tecnologia dos híbridos baseia-se na utilização conjunta de dois motores (um motor convencional de combustão interna e outro eléctrico). Em determinadas condições é utilizado o motor de combustão e noutras o motor eléctrico ou os dois em simultâneo. A bateria do motor eléctrico é carregada com a ajuda do motor de combustão e com a energia criada aquando da travagem e desaceleração.
As novas exigências de redução de emissões de gases poluentes, bem como as sucessivas crises de petróleo e a diminuição das suas reservas fazem-nos pensar que nos próximos anos assistiremos ao desenvolvimento acelerado de nova soluções motoras, tais como veículos eléctricos, o recurso à energia solar, ao hidrogénio, etc.

3) Conforto

Os desenvolvimentos tecnológicos nesta área são também numerosos: os comandos eléctricos e respectivas memorizações para o posicionamento dos assentos e espelhos, os sistemas de regulação da dureza da suspensão, os sensores e os sistemas de ajuda de/ao parqueamento, sistemas de massagem nos assentos, de navegação, etc. Nesta vertente encontramos também o sistema de entretenimento e de informação que apareceu no mercado há cerca de dois anos – sistemas integrados que utilizam o comando de voz para que os passageiros possam aceder à Internet, receber e-mails, obter informações em tempo real, como notícias, previsão do tempo e informações do tráfego na região. O sistema será capaz de fazer chamadas telefónicas e terá ajuda permanente para trajectos, por meio de um sistema de CD e navegação com
GPS.
A ideia é fazer do automóvel uma extensão da casa e do escritório.

A forte concorrência no sector levará também ao desenvolvimento de novas soluções nos próximos tempos. Esperemos para ver!



sexta-feira, 2 de novembro de 2007


Mac OS X Leopard


O mais novo sistema operativo do mundo, o Mac OS X Leopard da Apple já está à venda desde o dia 26 de Outubro pelo preço de 129€, em Portugal. Criaram-se muitas expectativas em torno deste sistema, já que a Apple atrasou o seu lançamento em função do iPhone.

A Apple tem tentado promover o Leopard como o grande rival do Windows Vista, o novo sistema operativo da Microsoft. Nos últimos três meses, a Apple vendeu 2,2 milhões de Macs, um aumento de 400 mil em relação ao trimestre anterior. Este sistema traz 300 novidades, embora algumas sejam apenas pequenas melhorias em relação ao sistema operativo anterior. Entre as novidades do Leopard estão o “back-up” e o agrupamento automático de arquivos e pastas semelhantes, a possibilidade de executar o Windows no Mac e o “Spaces” que divide aplicativos e janelas em grupos determinados pelo utilizador (útil para quem trabalha com várias janelas abertas). O sistema tem sido bem recebido entre os especialistas informáticos. O crítico tecnológico do jornal americano The Wall Street Journal, Walt Mossberg, afirma que o Leopard é "evolucionário, não revolucionário" e que aumenta a vantagem na qualidade em relação ao Windows, uma vez que é mais rápido e simples que o Vista. Os recursos de segurança introduzidos na nova versão do sistema operacional Mac OS X 10.5, conhecido como Leopard, precisam ser melhorados - esta é a opinião de especialistas de segurança que já tiveram contacto com o sistema operacional. Segundo eles, quando os recursos são instalados, encontram-se incompletos, o que deixa os utilizadores numa posição vulnerável face a possiveis ataques.
As
expectativas de venda em relação ao Leopard são elevadíssimas, sendo esperado o dobro dos lucros conseguidos com o antigo sistema, o Tiger. A aposta de Steve Jobs, director da Apple tem sido bem sucedida. As vendas superaram os números da primeira semana do Mac OS X Tiger, até então o mais bem-sucedido sistema operativo da Apple, lançado em abril de 2005. A Apple já vendeu 2 milhões de cópias do novo sistema operativo Leopard.

Para mais informações consultem o site:

http://www.apple.com.pt/por/macosx/leopard/