quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Caros futuristas,

Estamos de volta e desta feita para vos falar do texto “What the Web Is For” (Para que serve a Web), de David Weinberger.

Neste texto, o autor afirma que a cada hiperligação corresponde o interesse de alguém, na medida em que a Web se afirma como um local, um novo espaço para, de certa forma, “estarmos juntos” e partilharmos interesses comuns. Com ela surgiram novas maneiras de estarmos juntos que podem ser aproveitadas da melhor ou pior maneira.
Através da leitura do seu texto, compreendemos que a sua abordagem é interactivista – postura resultante do padrão de interacção do determinismo lógico e do construtivismo –, sendo que a tecnologia é causa e consequência da sociedade e que o importante é massificar, democratizar para que todos tenham uma palavra a dizer. Manuel Castells é outro dos autores que iremos referir ao longo do texto, que partilha também da mesma corrente ideológica.

Outrora, sendo a comunicação bastante rudimentar em relação à nova era, as pessoas apenas conheciam a sua família, os seus vizinhos, os que lhes eram mais próximos. O principal problema era o espaço que afastava toda uma espécie humana. Todavia, apesar da distância, as pessoas eram mais chegadas, conheciam-se melhor. O mundo real resumia-se à simplicidade, ao contacto com o “vizinho”, dificultando as ligações com o outro e limitando as pessoas às que estavam à sua volta.

Nos dias que correm, já é possível estarmos em casa, mas ligados ao resto do mundo, através das novas tecnologias. Elas são as responsáveis pela facilidade e eficácia da comunicação em rede, instantânea e com várias pessoas ao mesmo tempo, conhecidas ou até mesmo desconhecidas. A opção é nossa! A Internet permite-nos estar conectados a pessoas que habitualmente não conseguíamos, dando-nos a possibilidade de estabelecer ligações de diferentes formas. Através dela, todos partilhamos interesses, conhecimento, o que revela o seu elevado potencial de abrangência de conteúdos. A comunicação estabelece-se de um para muitos e o certo é que já não há limites para a expansão da comunicação. A separação dos países, dos continentes já não é uma barreira. Deu-se uma quebra dos limites temporários e geográficos. O conhecimento “profundo” das pessoas deu lugar ao nivelamento de distâncias económicas, políticas, entre outras e à distância do estereótipo, do preconceito, da imagem social, uma vez que as pessoas podem esconder a sua figura, dando a conhecer outra, fingindo ser quem não são ou simplesmente omitir as suas características. Contudo, daí advêm algumas desvantagens ou até mesmo questões de insegurança, nomeadamente o facto de não conhecermos a pessoa com quem estamos a comunicar do outro lado “do ecrã” e de, em possíveis encontros estarmos em perigo, já que não conhecemos realmente o outro. A nossa segurança pode estar assim comprometida.

McLuhan é um determinista lógico optimista, julgando que é a tecnologia que determina a sociedade, tendo obrigatoriamente esta que fazer parte da solução. Olha assim para ela como uma fonte de desenvolvimento.
Por sua vez, Dominique Wolton insere-se no construtivismo, defendendo que é a sociedade que determina a tecnologia e que esta é potenciadora de desigualdades sociais e, consequentemente, geradora da info-exclusão. Crê que as novas tecnologias têm o poder de aproximar as pessoas, é um facto, mas considera que essa aproximação é nociva, uma vez que quando os seres humanos se aproximam, percebem as suas diferenças e deixam de gostar do “outro”, sendo a rede um constrangimento à liberdade, como podemos constatar neste excerto:
“É imperioso que se desconfie do “estar em rede” (…) Basta observar a escravidão que já constitui o telefone móvel para compreender a alienação do estar em rede. Por que razão aceita o homem, enfim livre, deixar-se acorrentar pelos mil fios invisíveis da comunicação?”
Deste modo, considera que é necessário manter a distância entre as pessoas, visto que a rede é um constrangimento à liberdade humana e não contribui para o desenvolvimento e democracia.

Como afirma Weinberger, somos humanos porque estamos ligados ao outro e somos ainda mais humanos quando cuidamos e nos preocupamos com o outro e com o nosso mundo. A preocupação é conjunta.

Desta forma, denota-se a existência de dois mundos: o real e o virtual. O primeiro em que as pessoas são postas de parte pela distância, pela imensidão do mundo e pela variedade de culturas existentes e o segundo em que as pessoas vivem conectadas, juntas e têm os mesmos interesses e preocupações.

Em suma, a Internet é um espaço diferente que se pode resumir à partilha de interesses que une as pessoas. Consoante a abordagem dos interactivistas David Weinberger e Manuel Castells, estamos perante uma revolução baseada na transformação da sociedade e da tecnologia. Nos últimos 50 anos, a Internet foi o meio que mais provocou alterações, sendo este um fenómeno que temos que ter em conta! Importa ter também presente que a rede virtual não é apresentada como uma substituição da rede física, mas sim como mais uma alternativa como resposta às necessidades do ser humano. As vantagens e desvantagens estão relacionadas com o tipo de utilização que o Homem faz delas.

1 comentário:

Anónimo disse...

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